Developer: Sucker Punch / Nixxes Software
Plataforma: PS4, PS5 e agora PC
Data de Lançamento: 16 de maio de 2024

Foi com grande prazer que voltei a Ghost of Tsushima, desta vez para experimentar a versão para PC do jogo desenvolvido pela Sucker Punch, incluindo a expansão que faz parte desta edição, intitulada Ilha de Iki.

Embora esta edição chamada Director’s Cut fosse destinada originalmente aos jogadores da PS5, não vamos aqui repetir exaustivamente todas as observações e reflexões que já fizemos sobre o jogo base. Para isso, especialmente para aqueles que vão jogar pela primeira vez na PS5 ou na PS4, podem conferir a nossa análise extensiva ao jogo original, onde eu mesmo o considerei o melhor do ano, ou a esta edição, mas na versão da PS5, aqui.

O aspecto gráfico sempre foi um dos maiores destaques de Ghost of Tsushima. Já mencionamos diversas vezes, até em podcasts do 4 bits de Conversa, que o jogo parecia ter sido lançado na plataforma errada, sugerindo que deveria ter sido um título de lançamento da PlayStation 5. Na nossa opinião, isso teria permitido à Sucker Punch aprimorar aspectos que a PS4 Pro não conseguiu, como a taxa de quadros e a resolução nativa de 4K. A pandemia e a escassez de componentes para a PS5 talvez tenham justificado a decisão de lançamento na PS4, mas mesmo assim, ainda notamos momentos em que o jogo parece ter sido concebido originalmente para a PS4.

Publicidade - Continue a ler a seguir

Para quem, como eu, jogou Ghost of Tsushima na PS5 via retrocompatibilidade, as diferenças visuais entre esta versão Director’s Cut e a original podem ser sutis à primeira vista. No entanto, uma análise mais detalhada revelaria melhorias significativas. A renderização passou a ser nativa, a taxa de quadros permanece estável em 60FPS a 4K, eliminando pequenos desfoques que ocorriam devido à velocidade de processamento da PS4. A resolução aumentou de 1800p para 2160p, proporcionando uma clareza extra e uma imersão mais profunda.

Além disso, as cinemáticas que antes eram pré-renderizadas na PS4 agora são geradas em tempo real na PS5, permitindo animações labiais sincronizadas com a trilha sonora japonesa. Todas as cinemáticas correm a 30 quadros por segundo, uma escolha que pode parecer estranha, mas provavelmente foi feita para adaptar melhor o lip sync aos diálogos em japonês. A Sucker Punch também aproveita mais eficazmente as capacidades de armazenamento da PS5, resultando em tempos de carregamento praticamente instantâneos.

No PC, há uma continuidade de aprofundamento dessa qualidade gráfica, utilizando novas técnicas. Ghost of Tsushima é o primeiro jogo que vimos que permite dissociar o método de upscaling da geração de quadros. Recomendamos o uso do anti-aliasing DLAA da Nvidia com geração de quadros FSR 3 para a melhor qualidade de imagem, pois a geração de quadros DLSS 3 tem problemas com artefatos de interface do usuário.

O controle deslizante de resolução dinâmica funciona tão bem que, quando emparelhado com o método anti-aliasing certo para a vossa GPU, pode manter o alvo sem depreciar muito a qualidade da imagem. Ghost of Tsushima é uma das melhores ports de PC da Nixxes, oferecendo escalabilidade em relação ao seu homólogo PS5 com uma ampla gama de opções gráficas.

Chegar ao PC também significou que Ghost of Tsushima tem um monte de opções para os jogadores mexerem, permitindo que os jogadores façam muitas escolhas para fazer uso de seu hardware da melhor maneira possível. Curiosamente, Ghost of Tsushima também é um dos primeiros títulos habilitados para RTX que permite que os jogadores façam uso da tecnologia FSR 3 da AMD para geração de quadros. Isso significa que o recurso não se limita simplesmente às placas gráficas Nvidia RTX série 4000.

Uma coisa que gosto particularmente nos ports da Sony é o mini launcher que foi implementado nos últimos tempos, onde é possível mudar completamente as configurações gráficas do jogo antes de entrar no próprio jogo em si.

Embora as cutscenes tenham barras pretas, que são menos desejadas para aqueles que utilizam monitores ultra-amplos, isso não tira o quão grandes as proporções 21:9 e 32:9 empurram Ghost of Tsushima para novos patamares durante a jogabilidade. Os fãs agora podem apreciar o cenário e a atmosfera mais do que as experiências do PS4 e PS5.

Embora não houvesse dúvida de que a versão de Ghost of Tsushima de Sucker Punch ficaria muito melhor no PC, ainda é uma surpresa ver o quão boa parece enquanto mantém um ótimo desempenho. GPUs como a RTX 3080 Ti podem executar o título nas configurações máximas usando DLSS ou FSR 3 e desfrutar de visuais fantásticos.

A maior novidade em relação aos ports da Sony é o suporte a troféus da PSN. Ghost of Tsushima estreia um novo overlay da Sony para PC e, ao vincular a vossa conta da PSN, é possível obter troféus tanto da Steam como da conta PlayStation.

A Sony está realmente investindo muito a sério nos jogadores de PC e isso é um reflexo direto dessa estratégia. A implementação e suporte total à rede da PSN junto com o cross-play do modo online é algo que só traz benefícios e todo mundo sai ganhando com isso.

Para jogar o modo singleplayer não é obrigatório linkar com a conta PSN, mas para usufruir do modo online e Cross-play vão ter que ter a vossa conta PSN vinculada, uma situação que eu considero muito justa e isso já está bem claro desde o lançamento do jogo.

O PlayStation Overlay é bastante básico. Aparece um mini menu da PS5 no vosso computador, onde podem ver os vossos amigos, o vosso perfil e os vossos troféus. Tem também links para páginas da internet onde é possível editar a vossa conta e preferências gerais.

Ghost of Tsushima Director’s Cut para PC, é, talvez, o melhor port da Nixxes, que, cada vez mais, domina esta transposição e tornou-se a melhor aliada da PlayStation na sua nova abordagem aos jogadores de PC. Claramente vamos ver isto a acontecer com maior frequência, com a PlayStation a tornar os seus exclusivos mais inclusivos, agora aos jogadores de PC e a estruturar o seu crescimento através do mercado PC. Veremos qual será a estratégia da nipónica para o futuro, isto é, se os seus jogos passarão a, eventualmente, sair no mesmo dia para as duas plataformas, ou, pelo menos com um menor intervalo de tempo desde a sua edição para a PS5 e depois para o PC.

REVER GERAL
Geral
Artigo anteriorPodcast: 4 bits de conversa #114 – Comprar para fechar
Próximo artigoAnálise: Senua’s Saga Hellblade II
Pedro Moreira Dias
Fundador do Site - Salão de Jogos, o Commodore Amiga 500 foi o seu melhor amigo durante décadas e ainda hoje sabe de cor a equipa principal do Benfica do Sensible Soccer 94/95. Nos tempos vagos ainda edita as botas dos jogadores do FIFA e do PES.
analise-ghost-of-tsushima-directors-cut-pc<h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #339966;">SIM</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">Um verdadeiro update gráfico</li> <li style="text-align: justify;">O número de opções gráficas</li> <li style="text-align: justify;">Não precisar de PS Plus para jogar online</li> <li style="text-align: justify;">A melhor edição do jogo</li> </ul> <h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #ff0000;">NÃO</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">Alguns bugs e crashes</li> <li style="text-align: justify;">O crossplay não é automático</li> </ul>