Developer: FragOut
Plataforma: Xbox Series X|S e Xbox One
Data de Lançamento: 21 de Dezembro de 2022

Atualização: PS4 e PS5

Não podia acabar o ano sem analisar mais um simulador, agora foi a vez de Ships. A verdade é que agora, como já devem ter reparado, há “simulators” de tudo e mais qualquer coisa. E, como em qualquer outra coisa, seja música, cinema, arte, quando há uma torrente do mesmo género, o seu valor monetário e artístico, geralmente, cai abruptamente.

Este Ships está no limbo entre os dois tipos de simuladores que tem saído nos últimos anos, os cheios de humor como Goat Simulator ou Surgeon Simulator e os mais fidedignos, como um Model Builder, um Train Simulator, um Car Mechanic Simulator ou até um PC Building Simulator. Este jogo não se enquadra em nenhum dos dois porque não tem humor nenhum e também não é muito fidedigno, é só extremamente aborrecido.

Este jogo que foi lançado como Ships no Nintendo Switch, mas que é, na verdade, um port de um título para PC chamado Ships 2017, não segue a ideia mais específica dos simuladores mais sérios. Aqui, não estamos a simular uma profissão, mas sim várias cuja a ligação é serem todas necessárias para manter navios a circular pelos sete mares.

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Isto quer dizer que vamos ter que o reparar, comprar peças novas, gerir o seu desgaste, para além de comprar novos navios para aumentar a frota e perante as necessidades. Também implica movimentar a grua para tirar e pôr os contentores de carga, atracar o navio no porto, ou viajar de um porto ao outro, apenas para nomear alguns exemplos. Na teoria, o número de papeis que temos que desempenhar poderia dar uma boa dose de variedade e interesse, mas a realidade é completamente distinta.

O grande problema do jogo é mesmo as actividades serem muito pouco dinâmicas e algumas mesmo dolorosas. Levar o navio de um porto ao outro, mesmo com a possibilidade de aumentar a velocidade do jogo, é muito chato e demorado. Algumas missões não são muito mais do que um menu onde carregamos num botão para mudar as coisas. Isto acontece quando precisamos reparar o navio, mas também em algumas missões em que apenas comandamos a tripulação para apagar incêndios ou resgatar pessoas na água.

As missões mais elaboradas são aquelas em que temos o controlo direto sobre os guindastes do porto ou sobre o próprio navio. Com o guindaste, vamos carregar ou descarregar o navio onde apenas temos que ter cuidado para não danificar os contentores que estamos a manusear. E depois as tais super aborrecidas de levar o navio de um porto ao outro.

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Como devem compreender, sendo assim é difícil que a experiência com Ships seja boa. Com apenas alguns tipos de missão, rapidamente o jogo torna-se repetitivo, graficamente não é muito apelativo, parecendo muitas vezes um jogo da década passada. Os menus são arcaicos, a progressão muito lenta, e por isso, é caso para dizer: abandonar o navio!

 

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Pedro Moreira Dias
Fundador do Site - Salão de Jogos, o Commodore Amiga 500 foi o seu melhor amigo durante décadas e ainda hoje sabe de cor a equipa principal do Benfica do Sensible Soccer 94/95. Nos tempos vagos ainda edita as botas dos jogadores do FIFA e do PES.
analise-ships<h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #339966;">SIM</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">A ideia até é interessante</li> </ul> <h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #ff0000;">NÃO</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">Os controlos são pouco intuitivos</li> <li style="text-align: justify;">Ritmo lento, progressão lenta e demasiado aborrecido</li> <li style="text-align: justify;">Graficamente inferior</li> </ul>