O final da temporada passada pode ter sido suficiente para que as águias ganhassem o campeonato, mas também indicou os primeiros sinais do desafio que seria preparar a época 2023/2024. Sabendo isso, o campeão nacional fez o maior investimento de sempre, tentando assim manter, ou até aumentar a qualidade do plantel, de maneira a que a equipa estivesse preparada para responder em várias frentes.

 Algumas saídas importantes obrigaram o Benfica a ir ao mercado e fornecer a Roger Schmidt jogadores que pudessem substituir principalmente Enzo Fernández, Grimaldo, Gonçalo Ramos e Vlachodimos. Porém, a necessidade de adaptação de uns, e o perfil questionável de outros têm impedido que a equipa se encontre, o que resultou, para já, em exibições irregulares na Liga Portuguesa e numa improvável qualificação para os oitavos de final da Champions.

Recentemente, e mais especificamente nos jogos com o Arouca e com o Chaves, foi usado uma formação nova. Contudo, olhando para as justificações dadas pelo técnico do Benfica, referindo-se às lesões e maus momentos de forma de jogadores-chave, é difícil prever se no regresso desses atletas o esquema de três centrais será para continuar. Nesse sentido, vamos primeiro abordar o 4-2-3-1 habitual de Roger Schmidt, e deixar para depois o 3-4-3, caso este passe a ser o sistema principal.

Trubin – Guarda-Redes Líbero (Atacar)

Jurasek – Ala (Atacar)

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Morato – Defesa Central (Defender)

António Silva  – Defesa Central (Defender)

Alexander Bah – Ala (Atacar)

Aursnes – Médio Recuperador de Bolas (Defender)

João Neves – Médio Recuperador de Bolas (Defender)

Rafa – Construtor de Jogo Avançado (Apoiar)

Kokçu – Construtor de Jogo Avançado (Atacar)

Di Maria – Construtor de Jogo Avançado (Apoiar)

Musa – Avançado de Referência (Atacar)

 

Com Posse de Bola

Mantém uma Mentalidade Positiva, mas devido às características de alguns reforços, o modelo de jogo de Roger Schmidt é um pouco mais vertical do que a época anterior. No entanto, a qualidade individual disponível no último terço tem potencial para oferecer maior criatividade e definição após a equipa ganhar rotinas e um maior entrosamento, basta olhar para nomes como Di Maria, Rafa, Gonçalo Guedes, David Neres e João Mário. As dinâmicas ofensivas continuam a depender bastante dos laterais para sobrecarregar os flancos, mas também dos movimentos dos três médios ofensivos que procuram constantemente receber entrelinhas e enquadrar.

 

Em Transição

Roger Schmidt não abdica da contra-pressão, e uma das grandes dificuldades desta primeira volta tem sido encontrar os jogadores certos para executar essa filosofia. O mesmo se pode dizer do duplo-pivot, que é responsável para proporcionar um importante equilíbrio em transição defensiva, e tem demorado a corresponder com consistência e segurança. Por outro lado, encaixando as peças certas nos locais adequados, é uma equipa com um enorme potencial para crescer, embora os resultados sejam determinantes para que se ganhe alguma estabilidade e confiança.

 

Sem Posse de Bola

É onde tem estado a maior dificuldade. Uma pressão alta que muitas vezes é facilmente batida e leva a equipa a ter de defender recorrentemente com poucos jogadores. Mas felizmente estamos no Football Manager, e tudo pode ser facilmente resolvido com um trio do meio-campo composto por João Neves, Aursnes e Kokçu, concedendo maior solidez ao espaço central, e uma recuperação mais rápida da posse.

Notas:

– Leva alguns jogos até começar a carburar

– Os médios-centro precisam ser eficientes com bola e sem bola

– A verticalidade dos laterais é imperativa

Conclusão:

É impossível saber como o Benfica vai terminar a época. E apesar de não estar a ser o melhor início, cabe ao treinador alemão encontrar soluções com os jogadores que tem. A qualidade do plantel é inegável, e será interessante ver no futuro como Roger Schmidt tentará dar a volta à situação.