Developer: Guerrilla Games
Plataforma: PC
Data de Lançamento: 22 de março de 2024
Foi há cerca de 4 anos que os jogadores de PC viram chegar um dos jogos mais amados dos jogadores da PlayStation à sua plataforma, Horizon Zero Dawn, o jogo chegava na sua versão Complete Editon, isto é, além das diversas actualizações que recebeu na consola da Sony, também trazia o DLC The Frozen Wilds. Além disso, como sempre acontece nos jogos para PC, trazia todas aquelas opções gráficas e melhoramentos que só os jogos para PC conseguem ter.
Agora, também Horizon Forbidden West chega ao PC com a mesma premissa, numa versão Complete Edition, onde além de todas as atualizações lançadas para a PlayStation 5, também chega com o DLC, Burning Shores, oferecendo assim horas e horas de jogo para os jogadores desfrutarem.
Os jogadores podem preparar-se para entrarem mais uma vez num mundo mergulhado na incerteza e na grandiosidade da sua própria destruição, Horizon Forbidden West emerge como uma jornada épica de descoberta e desafio. Liderados mais uma vez por Aloy, serão lançados num vasto e exuberante cenário pós-apocalíptico, onde máquinas colossais dominam a paisagem e tribos rivais lutam pela sobrevivência. E se em Horizon Zero Dawn a batalha já tinha sido desafiadora, nesta continuação da saga, a procura por respostas entrelaça-se com a coragem e a determinação da nossa heroína que, enquanto ela desvenda os segredos que moldam o destino da humanidade, irá enfrentar inimigos verdadeiramente épicos, e encontrar aliados por vezes inesperados.
Antes de avançarmos para a história, e para o que o jogo tem para oferecer, até porque no nosso site já analisamos o jogo original e a sua expansão, comecemos por nos focarmos nas novas características que o jogo apresenta nesta versão para PC. A primeira das quais é o suporte para ecrãs Ultrawide, que vai desde o mais comum 21:9, passando pelo Super Ultrawide 32:9 e até suporte para três monitores com o 48:9. Esta é uma alteração significativa relativamente à versão para PlayStation 5, proporcionando uma maior amplitude para ver tudo o que se encontra ao seu redor. E num mundo com cenários verdadeiramente impressionantes, é uma daquelas funcionalidades que qualquer jogador irá querer usar.
Outra das funcionalidades que não podia deixar de estar presente é a opção do NVIDIA DLSS 3, que é uma tecnologia que permite oferecer uma maior resolução ao jogador, mas na realidade o jogo está a correr numa resolução inferior, sendo a tecnologia a fazer upscaling. Permitindo assim que os jogadores consigam correr o jogo com um elevado número de FPS sem sacrificar muito a qualidade gráfica. É bom lembrar que o jogo também suporta AMD FSR e o Intel XeSS, que são tecnologias semelhantes em termos práticos ao NVIDIA DLSS 3.
Horizon Forbidden West Complete Edition chega também com a tecnologia NVIDIA DLAA, e esta, além de ajudar a melhorar a qualidade de imagem, irá retirar praticamente tudo o que possa parecer com menor definição, ou mais pixelizado, oferecendo assim imagens mais suaves e realistas, especialmente em resoluções mais altas.
Por último, referir que nas opções do jogo, além de todas essas opções e das diversas funcionalidades onde podem aumentar ou reduzir diversos parâmentros gráficos, podem ainda retirar o bloqueio de Framerate, permitindo que o jogo rode com o máximo de FPS que a vossa máquina permitir, tornando assim a jogabilidade altamente suave.
Deixando as funcionalidades gráficas de lado, algo que não pode ser esquecido é também o NVIDIA Reflex, e limitando-nos a uma explicação bastante simples, serve para reduzir a latência no jogo, isto é, o jogador irá sentir os controlos mais responsivos, reduzindo o tempo entre a acção do jogador no controlo e a ação que aparecerá no ecrã.
Já que falamos da parte dos controlos e comandos, é bom lembrar que o jogo mesmo no PC pode ser jogado com o DualSense da PlayStation, e diria que é mesmo a melhor maneira de o jogar, já que todas as funcionalidades do comando estão activas, isto é, tanto o feedback háptico, os gatilhos adaptáveis, como o áudio imersivo do comando tornam a experiência de jogo ainda mais envolvente e sensorial.
E para aqueles que por usarem o PC não estejam tão familiarizados com o comando da Sony, o feedback háptico do DualSense permite que os jogadores sintam uma variedade de sensações enquanto exploram o mundo de Aloy. Desde a sensação de pisar em terrenos variados como areia ou neve, até sentir a vibração sutil de cada máquina que se aproxima. Mas não só, todas as acções de combate são aí sentidas no comando com maior estrondo, ao até mesmo quando caímos de uma altura maior, o comando estremece de maneira a sentirmos cada impacto. É uma experiência tátil completa e incrível.
Já os gatilhos adaptáveis também desempenham um papel importante na imersão, oferecendo uma resistência variável conforme as diferentes situações de jogo. Ao puxar o arco para disparar uma flecha, por exemplo, os gatilhos oferecem uma sensação de tensão que aumenta à medida que a flecha é preparada para ser lançada, proporcionando uma experiência mais realista e envolvente.
Por fim, o áudio imersivo emitido pelo comando, em que diversas acções ou acontecimentos são emitidos apenas pelo comando, de maneira a complementar os visuais do jogo, criando uma experiência sensorial completa. Essa integração inteligente do áudio e do feedback tátil do DualSense contribui significativamente para a imersão total no jogo.
Deixando então de lado as novas funcionalidades que chegam ao PC, e até a possibilidade de jogar com o DualSense, passemos então para a história. Esta desenrola-se após tudo o que aconteceu em Horizon Zero Dawn, onde o mundo continua num cenário pós-apocalíptico onde a humanidade luta para sobreviver no meio de ruínas e de máquinas robóticas selvagens. Aloy, desta vez parte numa jornada para desvendar os mistérios por trás de uma misteriosa praga que ameaça extinguir toda a vida no planeta, e para isso terá de ir para o Oeste Proibido. Para conseguir travar essa praga, Aloy terá de encontrar uma cópia da GAIA – o eco-sistema de terraformação que poderá salvar o planeta – mas ao obter, descobre que o sistema está incompleto, por esse motivo terá que reunir vários módulos que constituem verdadeiramente a GAIA, e estes módulos estão espalhados pelo tal Oeste Proibido.
Além desse problema, a narrativa do jogo estará fortemente ligada a uma nave espacial, a Odisseia. Esta nave tinha como objetivo chegar ao sistema solar Sirius, para tentar colonizar um novo planeta. Diria que será neste tema, e no problema da praga que está a devastar o planeta, que reside verdadeiramente a história principal do jogo. Mas como não poderia deixar de ser, Aloy terá de enfrentar mais problemas no Oeste Proibido, desde logo, novas tribos, algumas delas em guerra. E, além disso, um problema ainda maior, porque numa delas, onde uma general chamada Regala foi exilada, criou um grupo de revoltados que dominam as máquinas e representam uma ameaça significativa, quer para a sua antiga tribo, como para a própria sobrevivência da Aloy.
A razão para não revelar nada sobre a expansão do jogo, Burning Shores, é que esta é uma continuação da história original, e posso dizer apenas que está relacionada com um Zénite. Agora: quem são os Zénite? Isso terão de descobrir quando jogarem Horizon Forbidden West, até porque são um dos pontos fundamentais de toda a história do jogo, como também da continuação da franquia.
Quanto à jogabilidade, podem esperar uma experiência envolvente e diversificada, combinando elementos de ação, exploração, stealth e estratégia. Como aconteceu no primeiro jogo, tudo acontece num enorme mundo aberto, repleto de locais fascinantes, cheios de desafios, itens e inimigos para superar.
Uma das características que são marcantes na franquia é o sistema de combate, que combina habilidades com arco e flecha, armas de longo alcance e armadilhas estratégicas para enfrentar uma razoável variedade de inimigos, desde pequenas máquinas de combate até às mais imponentes. O Foco de Aloy continua a ser uma ferramenta importantíssima, quer para fornecer informações sobre o ambiente e os inimigos, mas também ajudando na tomada de decisões táticas durante os combates.
Além do combate, a exploração é uma parte fundamental da jogabilidade. Os jogadores podem percorrer livremente o mundo aberto, escalando montanhas, mergulhando nos rios e explorando ruínas antigas para procurar recursos, segredos e missões secundárias. A verticalidade do mapa permite uma exploração mais dinâmica, com oportunidades para usar o Lançador para alcançar plataformas elevadas e planar sobre as paisagens com o escudo planador. Além disso, terão a oportunidade de voar por todo o mapa, assim que obtiverem a Asa Solar, sendo esta uma das grandes novidades do jogo.
O jogo também apresenta uma variedade de atividades e desafios, como caça de máquinas, territórios de caça cronometrados, arenas de combate e até um jogo de tabuleiro estratégico chamado Máquinas ao Ataque. Essas atividades oferecem oportunidades para os jogadores testarem as suas habilidades, ganharem recompensas e mergulharem ainda mais no incrível mundo de Horizon Forbidden West.
Além disso, o jogo continua com um sistema de progressão de personagem robusto, com uma árvore de habilidades diversificada que permite aos jogadores personalizarem o estilo de jogo de Aloy conforme as suas preferências. A cada novo nível alcançado terão a possibilidade de desbloquear ou aprimorar habilidades, estas estão divididas em diversas árvores.
A componente gráfica de Horizon Forbidden West é verdadeiramente impressionante, oferecendo uma experiência visual deslumbrante que cativa os jogadores desde o primeiro minuto. O jogo consegue aproveitar ao máximo o rendimento do PC, e mesmo com definições gráficas mais baixas, consegue transportar-nos facilmente para um mundo bonito, com ambientes exuberantes, detalhados e imersivos. Obviamente que recomendo pelo menos jogarem com os requisitos recomendados, mas aqueles que quiserem mesmo muito jogá-lo, os requisitos mínimos embora não ofereçam a experiência completa, conseguem proporcionar uma boa imersão aos jogadores.
Os ambientes do jogo são variados e ricos em detalhes, apresentando paisagens deslumbrantes que vão desde vastos desertos e florestas exuberantes até montanhas imponentes e ruínas antigas. Cada cenário é ricamente renderizado, com texturas realistas, efeitos de iluminação dinâmica e uma paleta de cores vibrante que dá vida ao mundo do jogo.
Além disso, os modelos das personagens e das criaturas são impressionantes na sua qualidade e detalhe. Aloy, em particular, é meticulosamente renderizada, com expressões faciais realistas e animações fluídas que dão vida à sua jornada emocionante. As máquinas robóticas que habitam no mundo do jogo são igualmente impressionantes, muitas delas já conhecidas, mas as novas chegam também elas com designs criativos e detalhes intrincados que os tornam verdadeiramente memoráveis.
Jogar este jogo é ter uma experiência visual deslumbrante que eleva o padrão para jogos de mundo aberto e demonstra o poder e a capacidade da Guerrilla Games em oferecer experiências visuais de alta qualidade.
A componente sonora é igualmente impressionante e desempenha um papel crucial na imersão dos jogadores no mundo do jogo. A banda sonora, composta por talentosos músicos como Joris de Man, Niels van de Leest e o duo The Flight, juntamente com a adição de Oleksa Lozowchuk, complementa perfeitamente a atmosfera épica e emocional do jogo.
A música evoca uma variedade de emoções, desde a tensão e o perigo durante os combates até à serenidade e o mistério enquanto exploramos os vastos ambientes do mundo de Aloy. Os arranjos musicais são ricos e complexos, variando de acordo com o contexto da história e dos eventos que estão a ocorrer, adicionando camadas adicionais de profundidade à experiência do jogador.
Além da banda sonora, os efeitos sonoros do jogo são excepcionais, contribuindo para a imersão geral. Desde o som das máquinas robóticas a movimentarem-se pelo ambiente até ao estrondo dos combates e o som do vento a soprar através das paisagens, cada elemento sonoro está cuidadosamente projetado para aumentar a sensação de realismo e envolver os jogadores completamente no mundo de Horizon Forbidden West.
Por último, não podia deixar de falar da localização em português de Portugal. Algo que permite aos jogadores desfrutarem da história e do diálogo na sua língua nativa. O trabalho dos actores é notável, trazendo vida e personalidade às diversas personagens que encontramos ao longo da nossa jornada. Essa atenção aos detalhes na parte sonora do jogo contribui significativamente para a experiência imersiva e emocionante.
Horizon Forbidden West Complete Edition é uma verdadeira obra prima da Guerrilla Games, algo que os jogadores da PlayStation 5 já sabiam, mas que agora os jogadores do PC podem confirmar. É uma sequela que supera as expectativas, oferecendo uma experiência de jogo imersiva e envolvente. Com uma história rica e complexa, uma jogabilidade aprimorada, gráficos deslumbrantes e uma banda sonora envolvente, o jogo cativa os jogadores desde o primeiro minuto. A integração do DualSense no PC, eleva ainda mais a imersão, proporcionando uma experiência única e emocionante. É um jogo imperdível para quem gosta de exploração e acção em mundo aberto, e voltá-lo a jogar no PC, foi verdadeiramente satisfatório.
