Developer: Nintendo
Plataforma: Nintendo Switch
Data de Lançamento: 21 de Junho de 2023

Já é possível contar pelos dedos os dias que faltam para a chegada do Pikmin 4 à Nintendo Switch. Enquanto aguardamos ansiosamente por isso, tivemos a oportunidade de jogar os recentemente lançados para a consola da Nintendo, Pikmin 1 HD e Pikmin 2 HD.

O jogo foi lançado originalmente em 2004 para a GameCube, ou seja, três anos após o lançamento do primeiro jogo. Esses três anos foram suficientes para notar-se imediatamente algumas melhorias em relação ao primeiro jogo. Com a introdução de novas ideias e a remoção do limite de tempo de 30 dias para completar o jogo, como acontecia no primeiro.

Em Pikmin 2, não há apenas um protagonista, porque além de podermos comandar o Capitão Olimar, também temos a possibilidade de controlar Louie, sendo esta a sua primeira aparição no jogo, que mais tarde se tornaria um dos protagonistas de Pikmin 3. A história do jogo, mais uma vez, é bastante simples, mas é o suficiente para envolver o jogador na exploração de um planeta.

Quando Olimar regressa ao seu planeta, Hocotate, após a aventura de Pikmin 1, depara-se com o Presidente da empresa onde trabalha e o seu colega, Louie. As notícias não são animadoras, uma vez que a empresa enfrenta problemas financeiros com várias dívidas. Para piorar a situação, Louie perdeu uma carga extremamente importante, colocando a empresa em risco de falência. Essa situação é claramente visível quando uma nave aparece a penhorar a S.S. Dolphin, a nave do Capitão Olimar, sobrando apenas uma pequena carica que estava lá dentro.

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Embora essa pequena carica seja de pouco valor para nós em termos de tamanho, para Olimar, Louie e o Presidente da empresa, ela representa uma grande esperança. Em Hocotate, todos os objetos alienígenas são extremamente valiosos, o que desperta a esperança de que eles possam voltar ao planeta onde Olimar esteve anteriormente, e encontrar novos objetos valiosos para pagar a dívida da empresa. E é exatamente isso que Olimar e Louie decidem fazer: embarcam numa aventura na procura de novos objetos.

Como mencionei anteriormente, em Pikmin 1 tínhamos o limite de 30 dias para concluir o jogo, mas em Pikmin 2 isso já não se aplica. Agora, o jogador tem mais liberdade para realizar as tarefas sem grande pressão. A contagem dos dias continua presente, algo comum a todos os jogos da franquia, assim como a exploração que ocorre apenas durante o dia.

Para alcançarmos o sucesso na exploração dos diversos locais, contamos com a ajuda dos Pikmin. Mais uma vez, ao chegarmos ao planeta que iremos explorar, os primeiros Pikmin que encontramos são os vermelhos, e à medida que avançamos, vamos encontrando outros tipos. Isso ocorre porque Pikmin 2 continua a ser um jogo de estratégia com vários quebra-cabeças que só podem ser resolvidos com a ajuda destes pequenos seres, então é natural que os encontremos gradualmente. Além disso, muitas vezes encontramos áreas nas diferentes regiões que não podemos explorar inicialmente, sendo necessário voltar mais tarde, quando tivermos os Pikmin adequados.

Isso não é muito diferente do que já aconteceu nos jogos anteriores da franquia. A grande novidade em relação ao primeiro jogo é a adição de novos tipos de Pikmin. Enquanto no primeiro jogo tínhamos acesso apenas aos Pikmin vermelhos, amarelos e azuis, em Pikmin 2 foram adicionados os Pikmin brancos e roxos. Cada um possui características especiais: os brancos são resistentes ao veneno e conseguem encontrar objetos enterrados facilmente; os roxos são pesados e lentos, mas têm a força equivalente a dez Pikmin normais. Os vermelhos são resistentes ao fogo e mais fortes do que os outros; os amarelos são resistentes à eletricidade e podem alcançar locais mais altos; e os azuis conseguem movimentar-se dentro da água sem se afogar.

Tal como no primeiro jogo teremos a limitação de levar apenas 100 Pikmin de cada vez, o que obriga o jogador a fazer escolhas com base nos perigos que terá que enfrentar. Em Pikmin 2, essa limitação torna-se ainda mais evidente, pois existem situações e locais onde rapidamente percebemos quais Pikmin devem nos acompanhar, seja devido a certas criaturas, áreas com eletricidade ou mesmo veneno.

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Este jogo também introduz as dungeons, que são locais subterrâneos com vários andares contendo objetos e, no final, desafiam-nos com um boss. O que vão notar é que encontrar uma dungeon será sempre motivo de satisfação, primeiro porque sabemos que encontraremos objetos garantidamente que nos ajudarão a pagar a dívida, e também porque enfrentaremos novos perigos e desafios. É importante sublinhar que nessas áreas subterrâneas levamos apenas os Pikmin que estiverem connosco quando entramos nelas, não sendo possível recrutar mais Pikmin no meio da dungeon.

Em termos de jogabilidade, diria que continua simples e intuitiva, mas houve uma melhoria significativa em relação a Pikmin 1, sendo que agora é muito mais raro os Pikmin ficarem presos nos cenários. A inteligência artificial nesse aspeto foi consideravelmente melhorada, e claro que ocasionalmente ainda acontece, mas é apenas com um ou dois Pikmin, em vez de grupos de 10 ou 20 como acontecia antes. Além disso, os Pikmin ganharam um pouco mais de autonomia, muitas vezes agarrando automaticamente em objetos próximos que podem transportar para a nossa base. Existe igualmente a possibilidade de fazer diferentes equipas entre Louie e o Capitão Olimar, fazendo com que o jogador possa explorar áreas diferentes ao mesmo tempo.

A parte gráfica é praticamente idêntica ao port de Pikmin 1 para a Nintendo Switch, com os cenários claramente datados e texturas que deixam a desejar. Felizmente, nota-se que houve um cuidado maior com o restante do jogo. As criaturas, como Louie, o Capitão Olimar, os Pikmin e até os diversos objetos que apanhamos, têm texturas melhoradas. A diversidade dos cenários também é bastante satisfatória, e o mapa das áreas é de fácil compreensão, assim como um pouco maiores relativamente ao primeiro jogo. O jogo apresenta uma resolução de 1080p no modo dock e 720p no modo portátil, com uma taxa de quadros de 30fps em ambos os modos.

No aspecto sonoro, está muito bem-sucedido, apresentando músicas clássicas da franquia, efeitos sonoros de qualidade e algo que chama bastante a atenção e ocorre com frequência no jogo, isto é, os Pikmin começam a cantar enquanto exploramos. Foi provavelmente o jogo da franquia em que isso mais me chamou a atenção.

Pikmin 2 consegue elevar ainda mais o patamar estabelecido por Pikmin 1, continuando a ser desafiador e extremamente divertido. Com a introdução de Louie na franquia e a adição de novas mecânicas. É um jogo que oferece facilmente cerca de 18 horas de jogo, especialmente para os fãs da franquia que gostam de explorar e apanhar tudo o que existe. Definitivamente, Pikmin 2 é um jogo que vale bem apenas para todos os fãs da franquia.

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Desde o tempo do seu Spectrum+2 128k que adora informática. Programador de profissão nunca deixou de lado os jogos, louco por RPGs e jogos de futebol. Adora filmes de acção e de ficção científica, mas depois de ver o Matrix nunca mais foi o mesmo.
analise-pikmin-2-hd<h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #339966;">SIM</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">Possibilidade de jogar com Louie e o Capitão Olimar</li> <li style="text-align: justify;">Exploração dos cenários e dungeons desafiantes</li> <li style="text-align: justify;">Jogabilidade ainda consegue ser actual</li> </ul> <h4 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #ff0000;">NÃO</span></strong></h4> <ul> <li style="text-align: justify;">Graficamente os cenários deixam a desejar</li> </ul>