Faz hoje um ano que a PlayStation 5 foi lançada na Europa. A data de 19 de novembro de 2020 ficará na memória de todos aqueles que conseguiram ter uma consola no dia de lançamento. Não foi fácil ter uma e continua a não ser, um ano depois.

Praticamente lançada no meio de uma pandemia, a forma de obter a PlayStation 5 foi, no mínimo, bastante diferente daquilo a que nos habituámos a ver noutros tempos com a PS2 no Japão, e a PS3 ou PS4 aqui mesmo em Portugal. As filas à porta das lojas foram substituídas por carrinhas de estafetas que, de uma forma ou de outra, lá entregaram as consolas que estavam disponíveis. A falta de stock foi um mal comum neste primeiro ano de nova geração.

Pela primeira vez na história, a Sony apresentou duas versões de uma consola no dia de lançamento. Além da tradicional consola, apresentada como PlayStation 5, houve uma novidade: a PlayStation 5 Versão Digital. A grande diferença entre as duas é o facto da segunda não ter unidade de disco e deixar os jogos de formato físico para outras núpcias. Esta versão digital acaba por ser mais pequena e mais barata, mas a potência e as características da máquina são exatamente iguais.

A PlayStation 5 apostou em dar aos seus jogadores uma experiência melhorada a nível de performance e de velocidade. A nova geração trouxe possibilidades que talvez nunca tenhamos imaginado. As imagens 4K, o suporte para Ray Tracing, a possibilidade de jogar a 120 fps em jogos compatíveis, com suporte para saída de 120 Hz em ecrãs 4K e o disco SSD ultrarrápido capaz de fazer o carregamento de jogos quase de forma instantânea fazem desta a consola mais poderosa da Sony e com um imenso potencial pela frente.

Mas há mais. Se pensarem que a consola já é o que é, acrescentem-lhe o áudio 3D e um comando DualSense capaz de fazer magia com os gatilhos adaptativos e o aproveitamento do feedback háptico. Já agora, convido-vos a ler as vantagens no nosso artigo DualSense – A inovaçao que fez a diferença, escrito a propósito da comemoração do primeiro ano da PlayStation 5.

Nada disto seria possível sem ter o que mais interessa, os jogos. Num primeiro ano bastante tímido a nível de grandes exclusivos, não nos passa ao lado o potencial da consola quando jogamos Returnal, Ratchet & Clank: Uma Dimensão à Parte ou Deathloop. São só alguns exemplos de jogos obrigatórios para perceber o que é possível fazer e até onde é que isto pode chegar no futuro. Se têm uma PS5 ou pensam comprar em breve, podem consultar os 10 jogos que te oferecem uma imersão incrível na PlayStation 5

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Este primeiro ano foi marcado pelas versões Director’s Cut de Ghost Of Tsushima e de Death Stranding, duas das bandeiras que a Sony trouxe da PlayStation 4 e que melhorou a nível gráfico e com alguns aditivos. Os jogadores que já tinham o jogo na geração anterior poderam fazer uma atualização para a atual por 10€. A justiça de pagamento deixou dúvidas a muitos de nós, mas na prática os jogos são muito mais polidos e bonitos graficamente.

Ainda com a apresentação da PlayStation 5 na memória e nos jogos previstos para este ano, as expectativas eram muitas para ver Aloy novamente em ação em Horizon Forbidden West e para receber o novo Gran Turismo 7 que promete voltar às raízes da franquia. O adiamento para 2022 não esmorece esse entusiasmo, só adia. Num ano em que está previsto chegar também o novo God Of War Ragnarok, há razões mais do que suficientes para acreditar que o segundo ano da PlayStation 5 vai ser melhor que o primeiro, e esperemos que assim continue por longos anos.

Para tornar a consola mais intuitiva, a Sony melhorou substancialmente os menus e a integração com a geração anterior. Se da PS3 para a PS4, a mudança foi da noite para o dia, sem que houvesse ligação entre as consolas, quer a nível de interface, quer a nível de loja digital, desta vez as coisas foram mais funcionais. O sistema PS5 está totalmente integrado com a PS4 e embora seja diferente visualmente, a biblioteca de jogos está interligada, os grupos de chat permitem incorporar jogadores de ambas as gerações e as dicas de jogos e a personalização das janelas quando estamos a ver ou a transmitir um jogo são melhorias claras a olhar para o futuro.

Não posso terminar esta reflexão do primeiro ano de PlayStation 5 sem falar nas subscrições que a Sony disponibiliza aos seus jogadores. Primeiro o PlayStation Plus, que além de continuar a permitir jogar online, oferece jogos mensais, onde há sempre um para a PS5 e disponibiliza o PlayStation Plus Collection, que permite reviver alguns dos melhores jogos da geração anterior como são os casos de Days Gone, Persona 5 ou God Of War. Havia a esperança de ver este serviço aumentar o número de jogos, mas desde o início ainda não aconteceu. Veremos no futuro se podem vir a ser adicionados jogos da PlayStation 5 ou outros grandes exclusivos da PlayStation 4. Também há o PS Now que continua a permitir aos jogadores terem acesso a uma biblioteca de mais de 700 jogos de gerações passadas. O grande passo daqui para a frente poderá ser a adição de jogos PlayStation 5 a este serviço ou a junção de subscrições. Qualquer um seria bem vindo.

O balanço do primeiro ano de PlayStation 5 é positivo no campo da evolução tecnológica e daquilo que é capaz de nos proporcionar quando jogamos algo especialmente preparado para este sistema. A escassez de stock e o adiamento de alguns jogos essenciais foram os pontos negativos destes primeiros 365 dias com a consola. A máquina gigante e com um design futurista parece preparada para voos mais altos, porém, está ainda na fase da descolagem. A parceria da Sony com o Discord, o timidamente falado PSVR 2 e os exclusivos emblemáticos da consola, alguns deles já agendados para 2023 são garantia de um futuro risonho e de uma viagem com final feliz. Afinal de contas, isto ainda agora começou.

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Élio Salsinha
Aprendeu a jogar ao Pedra, Papel, Tesoura com o Alex Kidd e a contar até 100 com o Sonic. Substituiu a Liga da Malásia pela Liga Portuguesa no Fifa 98 e percebeu que havia jogos melhores que filmes com o Metal Gear Solid.