A PlayStation 5 comemora hoje o seu primeiro ano de existência neste dia 19 de novembro, especificamente na Europa e em Portugal em particular. A consola da Sony foi lançada primeiro, no dia 12 de novembro nos Estados Unidos, Canadá, Japão, México, Austrália, Nova Zelândia e Coreia do Sul.
Foi um ano atribulado para todos nós, com a questão da pandemia a dominar a nossas vidas, e isso também teve um enorme efeito na produção da consola da Sony, que se reflectiu na escassez de componentes ou dos adiamentos forçados, devido a esta questão que tomou conta das nossas vidas, e ainda hoje, mexe connosco.
No entanto, isso não quer dizer que não tenhamos vários momentos destes primeiros 365 dias da PlayStation 5 para recordar, aliás, basta ler o nosso artigo com o balanço deste primeiro ano para perceber isso mesmo. E vários dos momentos dos primeiros passos da consola da Sony fizeram-se, é claro, com novos videojogos.
Por isso mesmo, decidimos reunir 10 jogos essenciais para quem tem uma PlayStation 5, ou que, por ventura, queria tentar adquirir uma nos próximos tempos. A ordem será apenas alfabética, e focámo-nos na experiência PS5 como um todo, isto é, os jogos que melhor retratam as capacidades da consola, mas também do seu elemento diferenciador, o DualSense.
Astro’s Playroom
O primeiro desta lista é o jogo que vem incorporado com a consola da Sony. Foi também o nosso primeiro contacto com a PS5, a convite da PlayStation Portugal, e sentimos, desde logo, que estávamos perante uma nova forma de jogar, graças ao DualSense.
Na nossa análise dizíamos: “O jogo está dividido em 4 mundos e cada um deles demonstra uma, ou mais capacidades do comando DualSense. Os gatilhos funcionam enquanto molas numa das transformações de Astro, podemos soprar para o microfone para fazer girar pequenos moinhos em determinadas ações, por exemplo. Podemos transformarmo-nos numa espécie de macaco mecânico para mais uma vez demonstrar a sensibilidade dos gatilhos hápticos, coordenando os movimentos dos braços para nos agarrarmos a pequenas saliências rochosas para escalarmos. Noutro mundo temos a oportunidade de nos transformamos numa bola, onde vamos utilizar o touch pad para controlar a mesma, e noutro voltamos a testar os gatilhos quando estamos numa espécie de mini-foguetão e temos de controlar os dois propulsores com destreza e perícia.” E isto só para falar da interação do jogador com o comando DualSense, porque como referimos na nossa conclusão “Astro’s Playroom é uma carta de amor à PlayStation e uma demonstração inequívoca daquilo que o DualSense oferece a todos os developers de hoje para o futuro.”
Demon’s Souls
O remake do clássico da From Software foi remodelado e apresentado como um dos exclusivos da PS5, e foi um dos que mais atraiu os jogadores. O trabalho da Bluepoint Games foi enexcedível em recriar todos os pormenores do jogo, agora numa qualidade gráfica muito acima da média e aproveitando, mais uma vez, o potencial do DualSense.
Na nossa análise ao jogo referimos isso mesmo: “Na PS5, Demon’s Souls faz um uso subtil do controlador DualSense, emitindo sons com nuances conforme jogamos, quer seja dos materiais e no bater nesses materiais como a pedra, o metal, ou a madeira, passando pelo som das almas a serem sugadas ou de um mecanismo de um elevador. A experiência táctil, que tem sido uma das armas diferenciadoras da consola da Sony também se faz sentir, com a tensão de puxar uma corda para matar o Dragão Vermelho, a ser um dos exemplos mais claros, oferecendo aí uma melhoria no roll da personagem, isto é, oferecendo agora 8 eixos direcionais, o que faz muita diferença.” Em termos gráficos estamos a falar de dois modos gráficos, o cinemático, que corre a 4K e 30 frames por segundo, e o de desempenho, que corre a 1440p esticados para 4K e 60 frames por segundo. E “se já era um jogo de culto na PS3, agora com a riqueza gráfica que atinge na PS5, é um jogo obrigatório para todos os fãs.”
Deathloop
Este foi um dos exclusivos da PlayStation 5, criado pela Arkane Lyon e a Bethesda, antes de ser adqurida pela Xbox, e foi um dos jogos mais marcantes de 2021, com 9 nomeações, entre as quais a de “Jogo do Ano”, nos já famosos The Game Awards.
A qualidade gráfica do jogo, aliada a uma história muito particular, aliando o single player com o multiplayer tornaram-no num jogo único, complexo e desafiante, mas super interessante e viciante. Também aqui o DualSense faz a diferença com “os gatilhos hápticos do DualSense a dar sempre uma sensação diferencial das armas através dos gatilhos, mas também quando alguma arma encrava, onde ficamos com o gatilho completamente preso. Destaque ainda para os vários motores do DualSense a dar conta dos passos, mais apressados ou não de Colt, dando-nos um maior sentido de imersão e adrenalina. Destaque ainda para o pequeno speaker do DualSense a fazer vários sons, especialmente quando usamos o Hackamajic, ou nas conversações via rádio com a Julianna, mas também dando-nos a noção da proximidade de uma mina terrestre.” A nossa conclusão foi perentória: “…a verdade é que depois de mais de 30 horas de jogatana, a recompensa de chegar ao fim, de participar na recta final, no master plan de Colt é inacreditável.”
Guilty Gear -Strive-
Guilty Gear –Strive– não só foi o melhor jogo de luta de 2021, como um dos melhores dos últimos anos. Da autoria do estúdio Arc System Works, a expectativa era enorme, e na verdade não desiludiu. É um jogo diferente dos seus concorrentes, que em vez de atirar o jogador para uma jogabilidade ultra agressiva, está desenhado para que tudo seja bem planeado, observando o adversário, para depois desferir a sequência de golpes no momento certo. Sendo um jogo que depende das animações dos movimentos, o papel da PlayStation 5 foi obviamente importantíssimo, dando todas as condições para que todos os movimentos fossem fluídos e repletos de efeitos visuais espetaculares.
Escrevemos sobre o jogo: “Guilty Gear -Strive- será provavelmente um dos melhores fighters do ano de 2021; muito bem produzindo, e com uma qualidade acima da média. Os fãs de jogos de luta em 2D certamente ficarão deliciados com esta obra que não desiludirá ninguém, mesmo àqueles que tinham o hype bastante alto.”
Kena: Bridge of Spirits
Foi um dos jogos que captaram logo a atenção do ponto de vista gráfico, e especialmente na PS5 era um verdadeiro banquete visual. Num estilo a fazer lembrar os filmes da Pixar, Kena: Bridge of Spirits soube desde logo reclamar o seu lugar num dos títulos mais originais para jogarmos este ano. A introdução de algumas ideias interessantes na jogabilidade fez com que o estúdio Ember Lab se estreasse em grande, trazendo um jogo fantástico que pode muito bem ser o início de uma nova saga.
Na nossa análise escrevemos: “Kena: Bridge of Spirits é um óptimo jogo, e correspondeu a quase tudo o que foi prometido. Tem uma das direcções artísticas mais interessantes do ano, e tivesse outra complexidade ao nível da narrativa e do sistema de progressão, e certamente seria um dos melhores jogos do ano. Um tremendo feito para um estúdio que tem aqui o seu jogo de estreia.”
Análise Kena: Bridge of Spirits
NBA 2K22
Era inevitável pegarmos num dos melhores e mais completos videojogos de desporto que existem no mercado, e em particular porque é provavelmente aquele que melhor tira partido do Dualsense. Para os grandes amantes do basket e do desporto em geral, NBA 2K22 é um título obrigatório, e do qual a PlayStation 5 soube tirar partido de todo o seu potencial ao nível gráfico e da performance.
Tanto que foi por isso que escrevemos: “NBA 2K22 é o melhor simulador de basquetebol que alguma vez foi feito. Não só pelos gráficos incríveis que já é uma marca da franquia, mas pela sua jogabilidade que sofreu boas mudanças para a edição deste ano. A maneira como se gere o cansaço, associado à defesa forte de jogadores grandes, elevam a experiência deste ano e obriga-nos a jogar de várias maneiras. É uma pena que ainda existam microtransações, mas isso é um dos males do nosso tempo. Os modos infinitos, seja online, seja offline continuam a ser uma bandeira neste verdadeiro mundo que é ideal para qualquer fã da NBA se sentir em casa.”
Returnal
Returnal foi um dos exclusivos PlayStation 5 que pretendiam aliciar os jogadores a comprar a nova consola da Sony, e na verdade, foi uma das grandes surpresas de 2021. Causou até alguma estranheza não estar presente no The Game Awards, dada a enorme qualidade deste título, assim como a originalidade do conceito, da direcção artístico e das mecânicas. Era fácil ficar impressionado com a jogabilidade intensa de Returnal e do seu estilo sci-fi que conquistaram desde logo os fãs do género.
Por esse mesmo motivo, foi escrito na nossa review: “Returnal é um dos melhores jogos para a PlayStation 5. É único pelo estilo, pela misteriosa narrativa, pelo vício e pelo desafio tremendo que coloca nos jogadores. É um dos jogos mais difíceis que alguma vez tive em mãos, mas o que é isso para quem antigamente passava tardes num Salão de Jogos a gastar créditos e a tentar passar uma data deles. A sensação que me dá é que vão adorar o jogo, odiar, adorar novamente, odiar e adorar. Já perceberam. Sejam persistentes e duros. Se forem, guardem bem esta preciosidade.”
Sackboy – Uma Grande Aventura
Sackboy não podia faltar à festa de uma nova consola da Sony. Desta feita não foi um Little Big Planet, mas com a versão mais de plataformas e aventuras. Na nossa análise dizíamos que este jogo era o Super Mario 3D World da PlayStation 5, e um ano depois, continuamos a achar o mesmo.
Pela importância do ícone que Sackboy é para a PlayStation, mas também pela jogabilidade em formato 3D com uma enorme variedade de níveis: “Se no início os níveis são mais simplistas dando a conhecer o 3D, os movimentos que Sackboy pode fazer, seja saltar, rebolar ou agarrar, a partir daí vai introduzindo conceitos mais complicados, o conceito de verticalidade, onde o nosso herói pode, através de um substância pegajosa, subir pelas paredes, o de o poder atirar um boomerangue para eliminar inimigos, mas principalmente para cortar cactos para conseguir abrir caminho, passando ainda por outras aventuras dinâmicas que passam por níveis onde somos uma bola de cristal, aquela típica do Natal, o chamado Globo de Neve, ou onde andamos em cima de um comboio a tentar manter-nos em cima dele, ou mesmo em níveis onde temos que utilizar o sensor de movimentos para tentar equilibrar plataformas, tudo é um bom pretexto para colocar Sackboy à prova, o comando DualSense e a capacidade da PS5.” Em última análise, “apesar de ter passado um pouco despercebido neste lançamento é o melhor jogo de plataformas que a Sony lançou no lançamento de uma consola.”
Análise Sackboy – Uma Grande Aventura
Marvel’s Spider-Man: Miles Morales
Depois do sucesso do primeiro Spider-Man da Insomniac, voltamos a percorrer Nova Iorque agora com Miles Morales enquanto o nosso “friendly neighbour”. São 15 horinhas de jogo que demonstrou como a PS5 é capaz de nos cortar a respiração com os seus gráficos, nomeadamente com os efeitos de iluminação através do Ray Tracing, sendo talvez o primeiro que mais nos surpreendeu nesse aspecto. Se optarem pela Ultimate Edition do jogo, com acesso ao primeiro Spider-Man, vão ainda ficar mais bem servidos, isto se ainda não tiveram oportunidade de jogar o primeiro.
Em relação à experiência com o DualSense conseguimos sentir a força nos gatilhos hápticos, como se estivéssemos a sentir o lançador de teias a disparar. Para além disso, destaque ainda para ouvirmos o disparo das teias no pequeno speaker do Dualsense. Em conclusão, dissemos na nossa análise: “é um trabalho irrepreensível da Insomniac a caracterizar Miles Morales e a dar sentido à sua existência como Spider-Man e a conquistar o seu lugar no trono de Nova Iorque.”
Análise Marvel’s Spider-Man: Miles Morales
Ratchet & Clank: Uma Dimensão à Parte
Outro dos jogos exclusivos da PlayStation 5 a também um dos candidatos a “Jogo do Ano” no The Game Awards, para além de estar também nomeado em outras 4 categorias. Foi de facto um dos marcos deste ano, com destaque para a capacidade gráfica que apresentou. Com várias opções de escolha: a Fidelity que bloqueia nos 30 FPS a 4K, e depois o Performance Mode a 60 FPS a 4K e o Performance Mode RT (Ray Tracing) que que mantém o frame rate a 60FPS com Ray Tracing mas adapta a resolução.
Aliás, na nossa análise referimos isso mesmo: “graficamente Ratchet & Clank: Uma Dimensão À Parte é o primeiro exclusivo da PS5 que demonstra as capacidades da consola e onde pode chegar. Não é um exagero, é um jogo de encher o olho, as cinemáticas são iguais a um filme da Pixar ou da Disney.” Na nossa conclusão dessa mesma análise não conseguimos esconder esse entusiasmo: “Ratchet & Clank: Uma Dimensão À Parte vai ficar na história da PlayStation 5. É o jogo que mais explora a capacidade da consola da Sony, graficamente é um luxo aliado à capacidade de processamento da consola consegue oferecer uma experiência verdadeiramente inter-dimensional como nunca tínhamos visto, e é um mimo de se jogar.”
Análise Ratchet & Clank: Uma Dimensão à Parte
Estes são apenas alguns dos jogos editados neste primeiro ano de PlayStation 5. Selecionámos estes 10 como alguns dos maiores e melhores exemplos da capacidade da nova consola da Sony e do seu novo comando o DualSense. Muitos mais jogos estão a caminho e nós cá estaremos para dar conta de todos eles.